Eu acredito que não escolhi a joalharia. A joalharia escolheu-me a mim. Eu estava à procura de algo diferente quando a joalharia apareceu na minha vida. Adoro fazer joias, aprender novas técnicas e conceitos de criação. Entusiasmo-me quando vejo a transformação entre uma peça em desenvolvimento e uma jóia finalizada. Mesmo sendo desafiada a gerir um negócio de joalharia, a minha vontade de aprender e melhorar tem sido a minha força motriz!

Sempre fui muito criativa. Quando era pequena, acordava às 7 horas para pintar madeira, vidro e peças em cerâmica no chão. Sempre adorei desenhar e pintar objetos com temas de anjos, flores e animais. Adorava fazê-lo e, sempre que recebia algum dinheiro, gastava imediatamente em novos materiais de pintura.

Mais tarde, fiz o ensino secundário numa escola artística e fui presenciada com uma abordagem diferente da arte, mais focada em arte conceptual, onde me especializei em ourivesaria. Trabalhar com metal fascinava-me, mas a abordagem conceptual não era bem a minha praia. Eu queria era saber como é que as grandes marcas de joalharia conseguiam fazer peças de joalharia tão incríveis, peças que não eram nada parecidas com o que eu aprendi a fazer.

Quando terminei o ensino secundário, tive a oportunidade incrível de estudar alta joalharia em Florença, Itália, bem no centro da Capital do Renascimento. Passei lá um período incrível a aprender o melhor que pude. Nesses 10 meses, aprendi diferentes especialidades em 3 escolas diferentes e incríveis. Foi a experiência de uma vida a viver sozinha num país diferente com 18 anos. Pude conhecer a cultura, as técnicas e os designs da joalharia tradicional renascentista in situ.

Anos mais tarde, candidatei-me ao curso da Damiani Academy em Valenza, Itália, e entrei, sendo a única estudante estrangeira no meio de italianos. Depois de um mês e meio, contrataram-me, tendo trabalhado mais 10 meses em contexto industrial. Foi nessa altura que decidi seguir o meu próprio caminho e criar a minha marca, Tatiana Marques Jewellery.