O casamento de Alberto e Ana em Braga, Braga (Concelho)

Terminadas as fotos, fico à espera do carro que me viria buscar. Era suposto que tivesse chegado antes das 15h e chegou quase às 15h30. Este foi mais um momento de pânico, porque o trajeto desde casa até à igreja era de 50minutos. Muito pouco faltou para que eu saísse de casa noutro carro. Odeio chegar tarde a qualquer sítio e o padre sempre insistiu em que não chegasse tarde, mas o senhor lá chegou e lá fomos para a igreja.

Aqui, mais um percalço. Ninguém nos tinha avisado que a estrada principal de acesso ao Bom Jesus estivesse cortada por causa do ciclismo, o que dificultou, e muito, a chegada dos convidados e do próprio noivo. O motorista que me levava lá pediu para que nos deixassem passar e conseguimos, disseram que só me deixaram passar por ser a noiva, mas a restante família que vinha atrás não teve a mesma sorte. Eu cheguei antes das 16h30 e tive de esperar mais de meia hora para entrar na igreja porque a minha família ainda não tinha chegado.

Ao final lá chegaram e pude entrar na igreja para casar-me com o meu amor. A cerimónia foi linda e correu tudo muito bem. Por fim, éramos marido e mulher.

Fomos para a quinta e era suposto que já houvesse música ambiente para o cocktail, mas mais um percalço. Não sei o que se passava, mas a luz ia abaixo e já não havia música para ninguém! Aqui entra o bom profissionalismo da quinta que imediatamente ligou a um electricista e resolveu o problema. Depois de resolver o assunto, lá nos conseguimos relaxar e a partir daí o tempo começou a voar.

Ora a tirar fotos, ora a saudar as pessoas. Parece cliché, mas é verdade que não comi nada de nada dos aperitivos, só o consegui fazer quando me sentei à mesa. Estou desejosa de que algum familiar ou amigo case na mesma quinta para comer o que não comi no meu casamento.

Depois de milhentas fotos, sem exagerar, temos mesmo mais de 1500 fotos, chamaram-nos para entrar no salão. Já estava toda a gente sentada e é aí que a música que escolhemos começa a tocar, “Want to want me” de Jason Derulo, e entramos no salão a brindar e depois a dançar. Quando começamos a andar/dançar em direção à nossa mesa, toda a gente se põe em pé e foi aí que vi mesmo que toda a gente estava muito feliz e que as pessoas que lá estavam eram as que realmente faziam falta. Mais umas quantas fotos e começam a sair os pratos. Sei que todos os noivos que casam sempre dizem que a comida estava boa e eu também não posso deixar de o fazer! Estava tudo espectacular, o ponto que deram à carne foi exactamente o que pedimos, o bacalhau estava maravilhoso e a sobremesa era qualquer coisa de especial. Durante o jantar, os amigos do noivo lembraram-se de nos dar o presente deles fazendo um jogo e tivemos de andar a correr por toda a quinta a seguir pistas para encontrar o dito presente. Após o jantar, fomos cortar o bolo. Foi um momento mágico e lindo e, sinceramente, estava com um bocado de receio neste momento porque tínhamos escolhido cascata de água e fogo preso. Os espanhóis não estão acostumados a estas coisas e podiam achar demasiado para não dizer outras coisas. Mas não, surpreendentemente toda a gente adorou o corte do bolo que tivemos e aconselho vivamente a escolherem tanto a cascata como o fogo na Quinta Lago dos Cisnes, porque é algo espectacular! Após o corte do bolo, fomos abrir a pista de baile. Pedimos à quinta que nos deixasse pôr a pista de dança nos jardins, são realmente bonitos, em vez de ficarmos dentro no salão e a quinta fez-nos a vontade. Foram mesmo 5 estrelas em tudo.

Em determinado momento da noite, lá fui atirar o ramo às solteiras e calhou a uma amiga do meu noivo que, curiosamente, não tem namorado e este era o seu primeiro casamento de adulta, tem 22 anos. Só vos posso dizer que toda a gente se divertiu, até a avó do noivo que com 80 anos se deitou às 7h30 da manhã.

Foi sem dúvida o melhor dia das nossas vidas apesar de todos os percalços e repetiria sem duvidar.

P.S.: tentei reduzir ao máximo as fotos que aqui deixo.