O casamento de Adriano e Daniela em Vila do Conde, Vila do Conde
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A&D
18 Jan, 2020A crónica do nosso casamento
Não existem palavras suficientes para descrever o meu casamento.
Na última semana não estava ansiosa nem nervosa, nem nada que se pareça. Só queria mesmo garantir que tinha tudo feito e pronto.
No dia anterior foi uma correria total, ir levantar o vestido e o fato, ir ao supermercado comprar as coisas para receber os convidados em casa, ir pintar o cabelo, buscar o ramo, ir à manicura, ensaiar a primeira dança (caos total - pés de chumbo). Um stress. Se puderem fazer as coisas antes do último dia, é o ideal. Acabámos os preparativos às 3 horas da manhã e acordamos às 6.
Quando acordei no meu grande dia, tive uma crise de ansiedade, não conseguia respirar, a realidade atingiu-me e senti um misto de emoções enorme.
A partir das 7 horas, começaram a chegar os fotógrafos e as cabeleireiras e, mais tarde, alguns convidados. Alguns convidados não apareceram. A maquilhadora perdeu-se e atrasou-se e demorou mais do que o previsto os restantes preparativos. Não tive tempo de comer nada antes de sair de casa, nem de conviver com os convidados. O noivo ficou encarregue disso. Saímos os dois da mesma casa. Antes de sair de casa, recebo um telefonema, um imprevisto com a empresa de catering. O dia estava a correr bem, com atrasos e imprevistos. O stress à flor da pele.
Continuar a ler »A cerimónia deveria ser às 11 horas, mas só conseguimos chegar à igreja às 11h30. Neste momento, os nervos ficaram em alta.
Ao entrar na igreja, apercebi-me que estava com problemas com o vestido. Não pude ir de mãos dadas com o meu pai, tivemos de ir a segurar o vestido para eu não cair. Explicação: nas duas semanas anteriores ao casamento, estive muito doente e tive de ir 3 vezes ao hospital, ou seja, emagreci bastante. Na minha última prova do vestido não me estava a sentir bem e elas verificaram apenas o vestido e não o saiote. Como emagreci bastante, o saiote deixou de servir. Estragou-me grande parte do meu grande dia.
A cerimónia na igreja foi muito bonita, rápida e leve. O padre estava bem-disposto, apesar do nosso atraso. Recebemos bastantes elogios, quer da cerimónia, quer do coro, que foi fantástico. Deixaram mesmo as pessoas emocionadas.
De seguida, fomos para a quinta e fomos super bem recebidos. Tentei ajeitar o meu vestido, sem sucesso, antes de receber os convidados. Tivemos a maior sorte de sempre, e em pleno mês de janeiro não choveu. Conseguimos cumprimentar e receber todos os convidados numa das entradas da quinta. Devo salientar que a quinta estava perfeita, a decoração fantástica, super acolhedora. Tinha todos os pormenores que nós queríamos. Adorámos.
Como havia a possibilidade de chuva, fizemos as entradas na parte de cima do salão. Toda a gente gostou e aproveitou bem o terraço para as selfies. As entradas estavam divinais. As melhores entradas que já comi na minha vida. Infelizmente, não pude saborear metade das entradas, pois tive de ir tentar resolver o problema do vestido. Nem conseguia andar. A minha salvação foi que eu fiz os kits WC (que toda a gente me dizia que não valia a pena fazer) e tinha lá material de costura básico. Adivinhem: resultou durante uns meros minutos. Tivemos de ir tirar as nossas fotos e as fotos com os convidados, ou seja, não pude voltar para as entradas.
Na entrada do salão, tivemos que ir a dançar pelas mesas, como é a tradição. Foi o ponto final para mim. Tirei o saiote logo a seguir e tive de colocar as sapatilhas, porque o vestido ficava preso nos sapatos. Ao tirar o saiote, o vestido ficou muito comprido, pois tinha sido feito à medida. Não era de todo o que eu queria. Tinha o vestido de princesa dos meus sonhos, lindo e perfeito a arruinar o meu dia. Sobrevivi e decidi que não ia deixar que isso me estragasse o dia.
Fomos almoçar. Relativamente à comida, estava muito boa á exceção do segundo prato, que não foi o que pedimos. O serviço foi um pouco apressado e não cumprimos a programação estipulada, para não parar o serviço.
Devo dizer que, com tantos imprevistos, desde as 7 horas da manhã, houve um momento em que comecei a ficar preocupada. Mas não havia necessidade disso.
A minha melhor contratação salvou o dia, o nosso querido DJ e a sua coreógrafa. Conseguiram animar bastante a festa. Fizemos imensos jogos e o tempo passou a voar. Toda a gente se divertiu. São as melhores lembranças de todo o dia. Ver toda a gente feliz e a dançar.
Os meus colegas de trabalho fizeram-me uma surpresa na quinta e uma das colegas cantou no meu casamento. Foi um momento espetacular.
Depois tivemos o temível momento da primeira dança.
Andei meses a chatear o noivo para ensaiar e ele disse sempre que tínhamos tempo. Decidimos então começar a ensaiar em janeiro, todos os dias à noite. Como fiquei doente, não ensaiamos. Só tive forças para o fazer a 3 dias do casamento. Resultado: tivemos de fazer um resumo do que queríamos fazer e ainda nos enganámos em alguns passos. Como estava com problemas com o vestido, passei uma grande vergonha e quase caí. O noivo teve de me segurar. Toda a gente viu.
Depois, tivemos o momento da nossa segunda dança, que desde sempre decidimos que seria uma homenagem à minha falecida sogra (casámos no aniversário dela). Foi tão lindo e marcante. Foi o momento mais especial da minha vida. E isso deve-se ao nosso grande DJ, ele fez tudo para tornar o nosso dia e esse momento específico extremamente especiais. É a recordação mais linda do meu grande dia.
Tudo o resto foi lindo e fantástico. Adorei o dia do meu casamento. O noivo está-me sempre a dizer que queria repetir o nosso dia, porque foi perfeito. Toda a gente me diz que nunca o viram tão feliz.
Para finalizar este grande texto, falta apenas dizer que o casamento acabou cedo (1h30), mas fiquei super contente com isso, porque estava completamente exausta. Quando cheguei ao hotel, a primeira coisa que fiz foi tirar o vestido, já não podia mais com ele. Só para dizer que fiquei com os braços todos em ferida e que, 15 dias depois, ainda tinha as marcas. Quando comprarem os vestidos e fizerem as provas, tenham isso em consideração, para não ficarem como eu.
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