O casamento de Elisabete e Sérgio em Alenquer, Alenquer

Por outro lado a noiva, sabendo e conhecendo como ninguém, acredito que também tenha estado uma pilha de nervos, mas acima de tudo, com uma enorme vontade de me ver (assim esperava eu). Decidimos por bem casar e fazer a cerimónia no mesmo dia uma vez que pretendíamos ter apenas uma data na nossa relação. Tudo começou a 08/04/2013 e portanto concretizou-se o casamento no mesmo dia, 9 aninhos depois.

A partir dai separamo-nos e cada um foi para o seu canto preparar-se para o nosso grande momento. A noiva foi para uma das casas com as madrinhas e as mães maquilhar-se, pentear-se e desfrutar de momentos. Ressalvar que a noiva teve o cuidado de oferecer a cada uma um belo pijama personalizado para o dia, de modo a que assim pudessem fazer boas recordações fotográficas com eles. Eu fui para a Herdade da Emberiza para me aprontar e ir preparando emocionalmente, munindo-me do enorme desejo que tinha de ver a minha futura mulher aproximar-se de mim.

Comecei o processo de vestir o fato junto com os padrinhos e com o meu pai, e ao mesmo tempo tinha uma equipa de fotógrafos e videógrafos a registar todos os momentos. Falando de sentimentos, posso dizer que estava muito ansioso, mas ao mesmo tempo cheio de vontade de celebrar o amor com a pessoa que pretendo passar o resto da minha vida. No meio de tantas emoções, sentia também uma enorme vontade de receber os nossos convidados e receber com amor e alegria todos os nossos entes queridos e amigos.

O tempo foi passando, entre ajustar os últimos pormenores e receber todas as pessoas. O receio de que pudesse chover era muito em mim uma vez que a cerimónia iria acontecer ao ar livre e poderíamos ter de alterar todos os nossos planos para o dia. Estava um dia encoberto e ventoso, em que o belo sol ia rasgando, como se pretendesse cumprimentar-nos e felicitar-nos pelo nosso grande dia. Felizmente não choveu até ao momento da cerimónia.

Contextualizando um pouco a cerimónia. Algo que sempre pretendemos foi festejar o amor, um momento personalizado onde falassem de nós e descrevessem os nossos sentimentos com palavras que promovam rasgados sorrisos e fazer vislumbrar em cada pessoa, cristalinas lágrimas. A cerimónia começou com o desfile, optei por entrar com a minha mãe (que estava também ela linda e elegante). Seguiram-se os padrinhos e madrinhas, ao ritmo de "All of me - John Legend". Para a menina das alianças definimos a minha avó paterna, não só por ser a única avó presente, mas por ser uma pessoa maravilhosa com um grande coração que esteve sempre presente no nosso crescimento enquanto casal. Lentamente desceu pelo relvado verde e cintilante, com as nossas alianças colocados num pequeno recorte de tronco personalizado e cheio de amor.

A peça de destaque daquele dia sucedeu à entrada da minha avó. Estava eu no altar voltado para a frente a ouvir o violino e a pensar em como poderia estar a minha princesa. Mirava a deslumbrante paisagem que se encontrava à nossa frente, sorrindo e com um enorme brilho nos meus olhos, de longe um brilho de tristeza ou arrependimento, mas sim um enorme orgulho na pessoa que escolhi para passar o resto da minha vida. Quando tive o sinal da celebrante para me poder voltar, vi a minha querida vestida com um vestido elegante, que apenas se tornava tão bonito por estar no corpo dela. Ela transbordava elegância e amor, um sorriso maravilhoso e tão sentido que me fez apaixonar vezes sem conta ao longos dos anos. Estava linda, é linda e sempre o será. Contamos com vários rituais ao longo da cerimónia, personalizados e apresentados pela celebrante que tivemos connosco. Primeiro fizemos o ritual da caixa das memórias, onde as pessoas mais chegadas colocaram memórias sobre nós na caixa e que só será aberta nas bodas de prata ou quando estivermos tão chateados que só com aquelas memórias poderemos resolver. Contamos com o ritual da árvore, onde munido de enorme simbologia fizemos a plantação do nosso amor (um cerdo) e que irá prosperar como a nossa união. Por fim tivemos o ritual das fitas, 4 fitas, 4 significados, todos com o seu carisma e afirmação, no final demos o nosso "nó". Durante a cerimónia contamos com discursos da minha prima paterna, Ana e dos padrinhos, Bruno, Gonçalo e Miguel. Palavras também elas únicas que nos fizeram arrepiar.

Como se diz "Abril águas mil", a nossa lembrança do casamento foram chapéus de chuva personalizados na pega e transparentes. Tivemos sorte de ser abençoados com um pequeno momento de chuva, foi o momento ideal para entregar os chapéus e ver o efeito lindo que sucedeu na cerimónia. Chegaram os votos e estava com receio que a minha princesa pudesse ficar envergonhada e não conseguir falar, mas tal não se sucedeu, falou como nunca tinha falado e partilhou com todos lindas palavras que fizeram acelerar o meu coração e espremer as minhas lágrimas. Fiz também a leitura dos meus votos e por fim trocamos as nossas alianças. No final da cerimónia fechamos a nossa caixa de memórias e assinamos a nossa ata matrimonial, que ficou no nosso livro de cerimónia, totalmente personalizado, que foi elaborado pela nossa celebrante. Fizemos a nossa saída e todos os nossos convidados vieram felicitar-nos pelo nosso dia, desejando que se prolongue para a eternidade. Após esse momento fizemos o corte do bolo na zona da cerimónia de modo a termos como cenário a enorme vista para as lezírias. Fizemos um brinde com todos os convidados e seguimos para o cocktail.

Foi o momento de fazer fotografias com os nossos convidados, e nesse momento o céu abriu um pouco e deu outro encanto ao local e a todos os que ali estavam. Tivemos também a sorte de ter uma apresentação de um cavaleiro, exibindo um dos belos exemplares da herdade. Chegou o momento da nossa sessão fotográfica em conjunto. Pelo que os fotógrafos foram partilhando connosco, percebemos que têm captações mágicas do nosso amor e que ficarão para sempre na nossa memória.

Por volta das 19h30, começou a entrada dos convidados para a sala e posteriormente entramos nós cheios de felicidade a dançar e a cumprimentar todos os nossos convidados. Para a cerimónia tivemos o cuidado de personalizar cada lugar para cada pessoa, fazendo um porta-chave com o nome de cada convidado. Fizemos também as placas dos nomes das mesas.

A nossa primeira dança foi também muito bonita apesar dos nossos pés de chumbo, mas o que importa é o que sentimos e como o demonstramos. Nesta dança foi o irmão da Elisabete que tocou a música "Perfect - Ed Sheeran". Foi um momento também muito giro uma vez que foi à porta da sala de jantar, onde todas as pessoas fizeram uma roda com sparkles e nós no meio agarradinhos a dançar. A partir foi dançar e comer até ao final da festa.

Sei que já me alonguei muito, mas descrevi de forma muito descritiva o que senti e vivi neste dia tão especial, espero que todos sintam aquilo que eu senti no meu casamento.

Com carinho.